sexta-feira, 26 de julho de 2013

O PRÍNCIPE FELIZ


Autor:  Oscar Wilde

Na mais central praça da cidade erguia-se a estátua do Príncipe Feliz. ...erguia-se a estátua do Príncipe FelizEra uma autêntica jóia.
Um dia pousou aos pés da estátua uma formosa andorinha, que estava de passagem para o Egipto. Eram duas grossas lágrimas...
Era a sua última oportunidade, pois havia-se atrasado ao querer convencer um junco a acompanhá-la na viagem. Mas o junco não pode separar-se da terra que lhe dá a vida, apesar do amor que o liga à andorinha...!
Olhando com mais atenção para a estátua, a andorinha notou que duas gotas lhe molhavam a cara... Eram duas grossas lágrimas!
-Porque choras, Príncipe?-Pelos pobres da cidade, amiguinha. Há tantos! Quando reinava Arranca o rubi da minha espada...ninguém me contava nada do que sucedia,Olhem, deixou-nos uma coisa! e os altos muros do Palácio não me deixavam ver. Mas desde que me colocaram aqui posso ver a pobreza e a miséria de tanta gente, e sinto-me angustiado. Queres ajudar-me?
-Estou de passagem para o Egipto... -respondeu-lhe a andorinha.
Mas o Príncipe pediu-lhe tanto, que acabou por dizer que sim.É uma jóia! - disse a mais velha.

-Arranca o rubi da minha espada. Leva-o ali àquele casebre em frente. Lá vivem uns meninos pobres que não podem pagar o aluguer. Querem pô-los na rua... Impede-lo!
A andorinha arrancou o rubi da espada e levou-o ao casebre.
-Olhem, deixou-nos uma coisa.
-É uma jóia. Podemos vendê-la e com o dinheiro pagar o aluguer da nossa casa. -disse a mais velha.

Voltando para junto da estátua, a andorinha disse ao Príncipe:Mas a safira é um dos teus olhos!
-Terminei, Príncipe. Agora vou partir para o Egipto.
-Espera um pouco, amiguinha. Há mais pobres na cidade. Leva uma safira a um escritor doente, que é tão pobre que nem pode pagar os remédios.
-Mas a safira é um dos teus olhos. Vais ficar vesgo se t'o arrancar.Voou até à arruinada cabana...
-Não faz mal! Anda, vai ajudá-lo.
A andorinha voou até à arruinada cabana que o Príncipe lhe tinha indicado. E a safira serviu para salvar o velho escritor.
Havia mais pobres na cidade. A andorinha tinha que voar para o Egiptp, onde passaria o Inverno junto com as irmãs... ...pediu-lhe que tirasse a outra safira do olho
mas o Príncipe pediu-lhe que tirasse a outra safira do olho.-Se o fizeres FICARÁS CEGO!
-Não faz mal, andorinha. 
Estava muito frio. O Inverno já se instalava. E a andorinha foi socorrer outros pobres. Arrancou uma a uma as lâminas de ouro da estátua. E quando acabou e dela já nada de valor restava, deitou-se aos pés do amigo. Não o abandonaria assim cego...! ...e deitou-se aos pés do amigo.
E numa noite ainda mais fria a andorinha morreu, o que feriu profundamente o coração de chumbo do Príncipe Feliz....baixaram-na do pedestla e levaram-na para uma fundição.
Como a estátua sem os enfeites ficara muito feia, um dia baixaram-na do pedestal e levaram-na para uma fundição. Mas ao fundi-la verificaram que o coração de chumbo resistia ao calor mais elevado. Deram-no então a outro ferreiro, que também não conseguiu fundi-lo.
-Tragam ao Céu o coração de chumbo do Príncipe Feliz e o corpo da Andorinha -ordenou Deus, sorrindo.-Nunca na Terra ninguém demonstrou tanto amor pelos pobres -acrescentou. -Por isso vão ficar eternamente a meu lado.

Fonte: http://sotaodaines.chrome.pt/Sotao/histor32_2.html


O GIGANTE EGOÍSTA






Autor:  Oscar Wilde





Era uma vez um gigante que morava num castelo muito bonito. Apesar de lá ser a sua casa, havia já sete anos que  estava ausente. Fora visitar um seu amigo.  Como  o castelo  estivesse abandonado durante esses sete anos, todas as crianças daquela cidade  brincavam em seu jardim. Lá, eram felizes. Brincavam despreocupadas  e só interrompiam os seus folguedos para ouvir os pássaros.


Como somos felizes :  Costumavam exclamar.








Mas certo dia, o gigante voltou:



Que fazem aqui ?  Perguntou  às crianças.  Este jardim é meu e somente eu posso brincar nele.


As crianças assustadas, correram para suas casas.  E, desde asse dia então, o gigante passou a ser conhecido como gigante egoísta. Após a meninada Ter ido embora, o gigante cercou todo o seu terreno com um muro altíssimo, e colocou uma tabuleta com o seguinte aviso:  "È PROIBIDA A ENTRADA" 




A partir deste dia, as crianças ficaram sem Ter onde brincar. Tentaram distrair-se na estrada, mas esta era poeirenta e cheia de pedras. Costumavam passear depois das aulas, ao redor da muralha, lembrando-se dos dias em que brincavam no jardim do castelo. Como eram felizes!  Diziam-se umas às outras.

O tempo passou. Ao chegar a primavera, toda a cidade ficou florida e cheia de pássaros. Só no jardim do gigante egoísta o inverno continuou. Os pássaros não queriam pousar nas árvores parque lá não estavam as crianças. E,



Pelo mesmo motivo, as árvores não floriram. Certo dia uma bela flor surgiu da relva, mas, ao ver a tabuleta ficou com tanta pena das crianças que se recolheu de novo e adormeceu. Os únicos que brincavam no jardim do gigante eram a neve e a geada:  A primavera esqueceu-se deste jardim dissera  Ficaremos nele todo o ano.  A neve cobria a relva com seu manto branco, enquanto a geada balançava as árvores. As duas então, convidaram, o vento Nordeste a ir brincar com elas no jardim do gigante egoísta, e ele foi. Todos os dias, uivava, sem cessar, pelo jardim; derrubando as chaminés; quebrando os galhos das árvores, sempre forte e furioso. Que recanto delicioso! Exclamou o vento Nordeste. Precisamos convidar o granizo a passar uns tempos aqui.



E o granizo aceitou o convite. Todos os dias, durante umas três horas, caía forte sobre o telhado do castelo. Chegou, mesmo, a quebrar-lhe grande parte das telhas.  Vestia de cinzento toda a paisagem, e seu bafo era de gelo. Não compreendo  porque a primavera esta demorando tanto a chegar, pensava o gigante egoísta, olhando, pela janela de seu quarto, o jardim gelado e branco. Espero que o tempo mude logo. Mas a Primavera não veio, nem o Verão. O  Outono trouxe frutos a todos ao jardins, menos ao do gigante.  Ele é muito egoísta  disse o Outono ao granizo. Não merece o seu jardim cheio de flores e  frutos.  E o inverno continuou lá, com o vento Nordeste, o Granizo, a Geada e a neve a bailarem entre as árvores. Certa manhã, três anos depois de ter expulsado as crianças de seu jardim, estava o gigante acordado em sua cama, quando ouviu uma música muito suave. Ela era tão doce, que lhe pareceu ser dos músicos do Rei.



Na verdade, amigos, era apenas um pintarroxo que cantava perto da janela de seu quarto. Como há muito tempo não ouvia o gorjeio de um pássaro, pensou que fosse os músicos do Rei. Então levado pela curiosidade, chegou até a janela e viu, maravilhado, que não mais existiam a Geada, o Vento Nordeste, o Granizo e a Neve. Em todo o seu jardim, haviam flores e pássaros: Que bom! Exclamou satisfeito. A primavera chegou, finalmente! E, olhando mais uma vez, percebeu que seu jardim estava repleto de crianças.  Ah, agora compreendo pensou ele, comovido. São as crianças que fazem as flores surgirem e os pássaros cantarem! Sim, o gigante que era egoísta, percebeu finalmente, que o que faltava em seu jardim, eram as crianças. Mas, quando admirou pela terceira vez o seu jardim, viu que a um canto, o inverno, o inverno continuava.



Era o canto mais afastado do jardim  e onde se achava um menino. Este era tão pequeno, que não conseguia subir numa árvore; e por isso, o inverno perdurava naquele lugar. A árvore, coitada, ainda coberta de neve, tinha o vento Nordeste soprando sobre sua revolta cabeleira de galhos secos. Sobe pequenino,  pedia ela, encurvar os seus galhos. Mas o menino era pequeno demais e não a alcançava E, quanto mais o gigante o olhava, mais lhe doía o coração: Então, desceu as escadas, abriu a porta da frente e saiu. Ao verem-no, porém, as crianças fugiram, amedrontadas. E o inverno invadiu de novo, o jardim. Só o pequenino não fugiu. Estava com os olhos tão cheios de lágrimas que nem percebeu a chegada do gigante. Este aproximou-se, e com cuidado, botou o menino na árvore, e esta recebendo logo as  flores. Vieram logo os pássaros e cantaram em seus galhos. 



E, o menino ficou agradecido ao gigante. As outras crianças, ao verem que o gigante já não era mau,  voltaram a correr pelo jardim do castelo. E a primavera ressurgiu. Este jardim é de vocês.  Podem brincar nele quanto quiserem, disse o gigante a petizada.



Então apanhou um martelo e derrubou o muro. Arrancou a tabuleta do portão e foi brincar com a meninada. As pessoas que por ali passavam, ao verem o Gigante, brincando com as crianças, ficavam enternecidas e contentes Não há mais problemas com o Gigante Egoísta, falavam entre si. E o tempo parecia correr. Quando chegou a tarde e as crianças começaram a ir embora, o Gigante perguntou:  Onde esta  aquele menino que eu botei na árvore?  Não sabemos. Talvez tenha ido embora  responderam.


Não deixem  de  dizer-lhe  que venha, amanhã sem  falta.



Mas não sabemos onde ele mora. Nunca o vimos por aqui! E o Gigante ficou triste.



Todas as tardes, ao saírem da escola, as crianças iam brincar com o Gigante. Mas o menino de quem ele tanto gostava nunca mais apareceu. Ele era bom para a meninada, mas sentia muita falta do seu primeiro amigo pequenino. Gostava tanto dele. Como eu gostaria de tornar a vê-lo. 



E os anos passaram. O gigante foi ficando cada vez mais velho e cansado. Já não podia brincar; por isso, costumava sentar-se numa enorme cadeira e assistir às  crianças brincarem. As vezes, quando seus amigos iam embora, ficava admirando seu formoso jardim.


Tenho muitas flores bonitas, pensava ele, mas as crianças são as flores mais lindas que eu possuo. Certa  manhã  de inverno, enquanto se vestia; pensou:  Já não odeio o Inverno, pois sei que ele é apenas o sono da Primavera e o  tempo em que as flores dormem.



De repente, avistou alguém. Espantado, esfregou os olhos e...  é ele!  Ele voltou!  Exclamou o Gigante...



Sim amigos. No canto mais afastado do jardim, havia uma árvore toda coberta de flores. De seus ramos, todos de ouro, pendiam frutos de prata e, a sua sombra, estava o pequenino de que tanto o Gigante gostava.



Muito alegre, o Gigante desceu para o jardim. Bem devagar , pois já estava velho demais.  Atravessou a relva e aproximou-se da criança. Mas, ao chegar perto, enrubesceu de raiva e perguntou.


Quem feriu você?  Nas mãos do menino havia duas feridas, como se houvesse sido atravessadas por pregos, e o mesmo acontecia em seus  pés.


Quem ousou ferir você?  Tornou a perguntar.  Diga-me quem foi que eu o castigarei por isso.


Nunca!  Respondeu o pequenino.  Estas são as chagas do AMOR.


Quem é você?  Qual é o seu nome?  Perguntou o Gigante assustado.
O menino sorriu para ele e disse:


Certa vez você me deixou brincar em seu jardim. Hoje sou eu quem vai levá-lo para  BRINCAR EM MEU JARDIM. 



FIM

Fonte:http://www.techs.com.br/meimei/historias/historia27.htm

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Digamos NÃO a desativação do Cine SESI - Maceió

Boa noite, caro seguidor e/ou leitor assíduo de nosso blog!

Aqui estamos nós, mais uma vez, para expormos o que aconteceu em nossa aula, dessa semana.
Infelizmente, nós, Maceioenses, estamos perdendo mais um - dos poucos - espaços culturais que existe emnossa cidade, visto que o Centro Cultural Sesi fechou as portas, como o link abaixo afirma: <http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/06/cinefilos-fazem-campanha-para-evitar-desativacao-do-cine-sesi-em-maceio.html>

Assim como muitos cinéfilos, nossa Profº Msc. Gissely - no intuito de nos incentivar a irmos participar da campanha para evitar a desativação, tendo em vista que a mesma acha um absurdo essa desativação - passou um filme maravilhoso chamado: DENTRO DE CASA.


O filme trata da história de um professor e de seu aluno, que ao estar cansado da sua rotina de professor, Germain chega a atormentar a sua esposa Jeane com suas reclamações, mas ela - tendo toda as suas preocupações profissionais, nem sempre dava a devida atenção ao esposo. Até que um dia, ele descobre na redação de Claude um estilo diferente de escrever, que dá início a um intrigante jogo de sedução entre aluno e mestre e que acaba envolvendo a sua própria esposa e um colega de classe.

O filme apresenta um ótimo enredo e que envolve o telespectador em toda a sua trama. Vale a pena, passarmos 100 minutos assistindo-o, tendo em vista que o filme trata de um amor inescrupuloso entre escritor e literatura.

Abaixo, segue alguns link's para assistir o envolvente filme e alguns comentários a cerca do mesmo.
1 -< http://veja.abril.com.br/multimidia/video/critica-dentro-da-casa> --> Crítica sobre o filme
2-< http://megafilmeshd.net/dentro-da-casa/> --> Filme online


Assistam esse filmes, meus caros! Vale a pena!
#Ficaadica!

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